sábado, 15 de junho de 2013

57. MESTRE ANTÃO





o mar rasgou-se
há rajadas de alegria
na magia incomensurável
exaltada pelo firmamento
em movimento circular

as estrelas escrevem poemas
cadáveres esquisitos
orgasmos a residir na glória do relógio inerte
da casa dos vivos e dos mortos

prémio 
ou
castigo

as marés vivas sem nome
arrastam para a areia
longas cabeleiras entrançadas
brilhantes enigmáticos de quem ignorou os auspícios proféticos de mestre antão
para uns santo



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