sábado, 29 de junho de 2013

480. AMOR FÉRTIL QUE SE ESGOTA





chuva da noite passada na reclusão de inverno
em profundas raízes floresce o meio-dia das estrelas

não durmo
a noite espreguiça-se com os caninos semicerrados
deixando a rua enlameada e triste alheia ao ribeiro de águas mornas e pacíficas

o mundo não é o que nos parece e muito menos
o que de mãos postas nos promete

no odor dos pinheiros resinados em florestas imensas
está o tempo do amor fértil que se esgota


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