sábado, 29 de junho de 2013

476. CALO E CONSINTO





corre uma leve brisa nos mastros
nus e em repouso dos barcos

olho o rio que lento desliza 
na direcção do mar

perde-se a vista no horizonte
da pequena vaga em s. julião
e amo-te em silêncio
no segredo dos oceanos
das nuvens e estrelas

quero bradar aos céus 
às criaturas e aos deuses 
quero cantar aos ventos
às florestas bosques
e encantamentos
a paixão o amor o alento
que faz cessar o sofrimento

mas calo e consinto
escondo e minto
quando afinal o que sinto
é tão atroz e violento
que só pode ser acalmado
pela voz em perpétuo movimento


http://www.homeoesp.org/livros_online.html



Sem comentários:

Enviar um comentário