sábado, 29 de junho de 2013

432. FAZER AMOR





há uma ponte líquida
entre mim e a outra margem da vida
e há o deserto das mãos impudicas a acenarem ao desafio
de viver sem comando e sem governo
de escrever o que me contenta nas páginas brancas a amarelecer
de fazer amor
sem que os actos e os mais íntimos gestos da pele ardente sejam aquela paixão de que os poetas falam



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