sexta-feira, 28 de junho de 2013

398. NEM QUERER NEM CONHECER NEM SER





sentado à porta da taberna num enorme copo de vinho amadurecido por longos dias de espera deixou cair a cabeça nos braços ressequidos
o vento sulcava-lhe as faces enquanto ouvia o rumor da folhagem da dócil tília
não havia nele qualquer impulso psíquico para além da vontade de beber a vida no escuro néctar avinagrado
nem querer     nem conhecer     nem ser


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