sexta-feira, 28 de junho de 2013

395. ABRAM-SE CAMINHOS QUE QUERO AMAR





ficou o gosto de orvalho do nenúfar
a garganta entorpece-se com o jasmim
não tanto como com o cetim que a envolve e corrompe

libertem-se laringes     sons orquestrais de um canto circular
liras de oiro fendidas por quem ninguém ousa clamar

vinde lentas e presunçosas doidas airosas esguias
soltas descondicionadas apaixonadas livres
saudar o novo homem     o novo dia

com licença     abram-se os caminhos
encerrem-se destinos



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