já não escrevia poesia prosa cartas de amor
limitava-se a remeter pensamentos escritos na nocturna solidão do piar daquela ave cujo nome desconheçia
pensamentos enviados nas asas do vento
partira sem pegadas as estrelas por companheiras à luz da vela vermelha
não suportava mais a música entristecida dos encontros secretos ao arrepio solar
um rio eterno de safiras e esmeraldas haveria de existir em qualquer lugar as flores da amendoeira da berma inóspita eram o seu mais íntimo presságio
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