segunda-feira, 24 de junho de 2013

354. COCAR DONZELAS





espreitam-me as nuvens e espreito-as a elas
eu que sempre ouvi ser feio coscuvilhar cocar donzelas
gosto delas nuas     meias-vestidas
cruas velhas enternecidas     sujas não que a poluição
é mal de alma de gente crescida
gosto de as ver sentadas nos cumes e picos
aguardando o silêncio branco da noite escura
ou descendo à planície a inundarem casais
tocarem de mansinho as portas dos currais e
beijarem os cabelos alvos desgrenhados dos pastores

sede bem-vindas vós que vicejais nas encostas e jardins
sede bem-vindas vós que não tendes passado nem dores


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