momentos em que adormeço
embalado pelo movimento do aço
nas juntas dos carris
nem o tempo cinzento
na sua natural e doentia melancolia
me furta ao acordar
aquela sensação estranha
e verdadeira
tão verdadeira e real
de que o céu é um lugar
onde se dorme e não sonha
onde se vive sempre
como nesse fugaz momento
em que se acorda
em que nada se sabe
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