segunda-feira, 24 de junho de 2013

319. NOITE ESCURA DA SOLIDÃO





noite escura da solidão

rosto de espuma branca de gelo rasgado

ó pescador de almas
a morte não existe para os jovens que os deuses amam

perfeita é a harmonia do tempo amarelecido como as folhas do livro de pedra
devagar     pausadamente
as flores casam as cores sobre o gume de adaga mortífera

pinto um quadro monocromático de infinito
enquanto em agrigento empédocles discursa uivando
um bote voga na barra lavrando o mar 
funesto túmulo dos ignorados




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