nesta manhã ainda negra
levanto-me com o sono das insónias milenares
o caminho para a estação
iluminado por potentes faróis estremunhados
e eu revoltado
a revolta natural de quem habita o coração tresloucado dum país coberto de estrume e espantalhos nos campos por semear de pão
que nunca o irão ser
seara sem justiça
sem tino sem norte
sem ninguém que valha
aos pobres
aos desgraçados destas terras do demo
andaram pelos jardins infantis
pelas creches
a escolher magistrados de bibe
políticos imberbes
analfabetos da vida
como um broche
na lapela do casaco
dum falso nobre
pregado ao brasão
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