deste sepulcro em que me encontro nascem pássaros de fogo
animais coloridos que voam nos céus da desesperança
triste sina do corpo moído sujo na força vital da agonia evasiva lúgubre pendente
de reencarnação urgente estou morto eu que vivo
mãos sulcadas súbitas e aladas
pelo destino pela abóbada das estações
gosto de vinho no outono cidra no inverno
do luar de agosto
aldeia minha com que sonho música de encantar dá-me uma musa para me reclinar
sossega na terra calma a luta dos cantos cósmicos
das nostalgias das alegrias crepusculares
do frémito das mulheres que o sabem ser em espasmos incontrolados carnes audazes de videiras hasteadas
é tarde ou cedo que interessa a hora da eternidade na carne que abismada reluz ao sol
que interessa ó deus se em vós acredito é por acreditar que existis é por ter fé que em mim estais?
se vos conheci ficai sabendo que vos esqueci como esqueço sempre tudo
tudo e nada grandes e pequenos andarilhos e senhores
merda para a memória que me mata e
Sem comentários:
Enviar um comentário