domingo, 23 de junho de 2013

281. ALFÁTIMA





nem uma aragem
para lá da minha janela
e eu olho quase sem ver

anoitece a serra de contornos sublimes

uma nuvem negra descansa em alfátima
enquanto os luzeiros da aldeia se acendem
e inerte está a folhagem que resta
num universo que sinto meu

fenece o dia 
floresce a noite
com suavidade e beleza

escrevo como o pássaro 
que canta sem desejos 
como o rio que corre no seu leito 
e a estrela que nasce a oriente

escrevo por impulso 
ou necessidade
escrevo a eito
a uma qualquer hora
do sol nascente ao poente
do crepúsculo à aurora

escrevo por amor



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