nem uma aragem
para lá da minha janela
e eu olho quase sem ver
anoitece a serra de contornos sublimes
uma nuvem negra descansa em alfátima
enquanto os luzeiros da aldeia se acendem
e inerte está a folhagem que resta
num universo que sinto meu
fenece o dia
floresce a noite
com suavidade e beleza
escrevo como o pássaro
que canta sem desejos
como o rio que corre no seu leito
e a estrela que nasce a oriente
escrevo por impulso
ou necessidade
escrevo a eito
a uma qualquer hora
do sol nascente ao poente
do crepúsculo à aurora
escrevo por amor
Sem comentários:
Enviar um comentário