não encontro sentido
ou aroma
não vislumbro horizonte
ou rumo
não estou
não ligo
não peço
não digo
chegou a primavera
terna
colorida
doce e envolvida
não vejo
não cheiro
não sinto
não encontro
para esta alma atormentada
um abrigo
senhor
a urze estremece
ao vento sul
a pedra brilha ao sol
matutino
e eu
estou só na teia
que tece
e é tecida
que por um momento
me embriaga com vinho
me seduz
espanta
reluz
e
faz recuar
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