sem pensamento
a noite paira na choupana
sem sentimento desabrocha um lírio de meu peito
pelas margens do cérebro
em cascata corre veloz
o rio nocturno de prata
veloz abeira-se
do azul do mar
ser um
com a imensidão
de oceano sem fim
amado oculto
de navegador solitário
tanto mar
tão escasso é o amar
tão amargo o sofrimento
do pescador de almas
o covo vazio ofende
o pote de argila que se quebra
nos rochedos da vida
minha cabana é pobre de palavras
assim se fala
com olhos de olhar
até que o dia
se espreguice dolente
por mais não querer dormir
ou por tanto faz
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