sábado, 22 de junho de 2013

235. MISANTROPIA





a dor de cabeça que me não abandona paira no ar e esmaga os pensamentos com seus braços férreos
visões permanecem em ziguezague contínuo     turbilhões de imagens novas     o sossego nu do corpo na cobertura de guarda ao rio hoje mascarado de cinzento contrasta com a quase insuportável pressão da besta na nuca 
não suporto o riso dos idiotas a esperteza macabra dos trapaceiros a mentira dos burlões os tostões dos charlatões a estrangular os simples 
o planeta estanca estala fende-se pelo meio corrompido e coroado de demónios     dói este cansaço e esta dor a quem se não decida pelo veneno em taça de prata     o inferno salta festivo em toda a parte     abominável com crostas ósseas virulentas 
um homem-de-sete-cabeças percorre as ruas subterrâneas da cidade queimada a enxofre     de rastos os seus iguais imploram nas preces falsas e submersas o perdão de terem nascido pecaminosos
eles causa negra e directa da misantropia


http://www.homeoesp.org/livros_online.html



Sem comentários:

Enviar um comentário