a dor de cabeça que me não abandona paira no ar e esmaga os pensamentos com seus braços férreos
visões permanecem em ziguezague contínuo turbilhões de imagens novas o sossego nu do corpo na cobertura de guarda ao rio hoje mascarado de cinzento contrasta com a quase insuportável pressão da besta na nuca
não suporto o riso dos idiotas a esperteza macabra dos trapaceiros a mentira dos burlões os tostões dos charlatões a estrangular os simples
o planeta estanca estala fende-se pelo meio corrompido e coroado de demónios dói este cansaço e esta dor a quem se não decida pelo veneno em taça de prata o inferno salta festivo em toda a parte abominável com crostas ósseas virulentas
um homem-de-sete-cabeças percorre as ruas subterrâneas da cidade queimada a enxofre de rastos os seus iguais imploram nas preces falsas e submersas o perdão de terem nascido pecaminosos
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