não sabia
nem sei
como lhe havia ou hei-de dizer
o que sinto o que sou o que desejo
tão jovem
rebento de árvore celeste
a emergir do mais profundo azul
com os sonhos mortos de amor
a navegarem soltos no corpo
ao destino de um beijo alheio
tão jovem
no olhar melancólico
de pedra talhada no deserto
a oscilar
entre os meus olhos brandos
e os arbustos acesos da colina
boca fina
de ninguém
lábios que muito quero
que lhe não peço
e não sei
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