vieram as trevas cobrir as fontes do estio
secaram os rios caudalosos da esperança
ó liberdade ferida de morte artificial
desordem nascente de choro por curar
passara ano e dia e o corpo sombrio
afogava-se na disforme hora da desolação
a porta aberta ao amor exalado por nuvens térreas
o sono primaveril é sempre mais curto
propício ao frémito dos músculos lisos
feliz é o amante que vive com o sono ao lado
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