terça-feira, 18 de junho de 2013

169. MAR CRUCIFICADO





noite escura
a rua começa a encher-se
de esquinas
e o mar crucificado
entre sorriso e pranto
consagra a dor aos deuses
entorpecidos

tanto eu amei
tanto vivi
fui amado
odiado
pelo rubi que carrego

sempre o mesmo tédio

sem asas não voltarei a amar
sem o sonho que sobe a colina
ao adormecer
com as árvores a fitar o corpo morto



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