terça-feira, 18 de junho de 2013

166. NOITE DA ALMA EM SOLIDÃO





noite da alma em solidão

no auge das marcas gravadas no asfalto 
corroído por rodados de aço
a palavra transcendia-se
na contradição do que é belo em forma de mulher

despertara envolto em neblina
imberbe s. sebastião
sem qualquer capacidade explosível

uma centopeia no vidro sujo da janela
inclinada para o mundo interior
e a erudição de três versos num papel amarrotado
ali junto aos pés da cama espalhado entre flores

nas montanhas uma dor intensa
penetrante
regatos fragmento de fantasia
de ilusão
e no céu tal qual é
aquela tremenda confusão
de nuvens
a obscurecer o sol



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