terça-feira, 18 de junho de 2013

163. O ETERNO CAMINHANTE





um fragmento luminoso
atravessava a escuridão do caminho
com as árvores negras
fantasmagóricas
a inclinarem os seus braços ondulantes
para o eterno caminhante

o dia aproximava-se
ensolarado e límpido
alma de vestal
emoldurada na chama viva
consumida na beleza momentânea do regato

o rio cintilante
de natureza inquieta
e o rochedo imenso
do coração multicolorido
na rosa vermelha do porão
da bela feiticeira

inelutável morte

a chuva miúda caía



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