terça-feira, 18 de junho de 2013

162. PELA MÃO DAS RIMAS NO PASSO DAS ESTROFES





seguíamos cansados
exaustos
pela mão das rimas
no passo das estrofes

mas
aquela coisa incerta
era nova
e o silêncio novo
a cada instante

as nuvens aproximavam-se
existíamos sem que nunca tivéssemos existido
éramos sem que nunca tivéssemos sido

estranho
aquele azul sem nuvens
a terra imóvel
as montanhas incendiadas
o infinito da mente

falámos do medo
daquele medo que é fruto do passado
do que nascerá no futuro
do medo que já vive no porvir
falámos da benção
e da pesada barcaça mal calafetada
e do barqueiro sem proa
e do sol gélido



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