a rimbaud
possuir a verdade numa alma e num corpo
a tua visão poeta como nos é estranha como se estranha a si mesma só é do alto quem respeita e não receia as paredes de água sólida nos acometimentos dos deuses revoltados
a cobardia é costeira ou palustre e por desencanto navega em águas mansas e abrigadas em ti a coragem a glória da verdade na ponta do lápis invisível com que traçaste teus poemas em idade incerta
tu o mais belo de todos os demónios que desertou em tempo das profecias exaladas em turbilhões de letras vivas até à agonia
o teu corpo não mais acordou
a tua alma sim
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