corre veloz a sombra do miúdo enfezado
na gare os rostos cinzentos dos passageiros trocam olhares assinalados pelo agastamento
um sino dobra a morte de um enforcado
enquanto pequenas gotas reluzentes olham pensativas o chão de mármore
já se afunda na terra vermelha o corpo do réprobo
fecha-se o ádito do sorriso em compasso de cegueira
em verdade vos digo pequenos grifos caseiros
com a última erecção do enforcado veio a fome oscilar em armada de barcos de papel
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