segunda-feira, 17 de junho de 2013

146. FIZ TANTAS VIAGENS





fiz tantas viagens
tinha tantas viagens para fazer
bosques selvas ilhas germinam no cérebro

solidão e cansaço

lanço uma âncora bifurcada nas profundezas da alma

uma peónia nasce em seio estranho

insectos de cena tardia repetem-se nas mãos de homens-fósseis
e sem dó

amanhã o mar será uma inutilidade



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