segunda-feira, 17 de junho de 2013

143. ELEGIA AO VINHO





o vinho
taças cintilantes
ébrias 
fumegantes

néctar de todas as perdições aladas
tensa mola da vontade por instantes decrépita

elegia ao vinho
o vinho não carece de elegias odes sextilhas quadras disparatadas
ele é o poema vermelho que fermenta o sangue do pensamento
que ilude a realidade fazendo-a ver na realidade dele próprio o que a realidade é 
consolo de vida incerta e da morte no chão sangrento

o vinho não se canta não se diz não se lê



Sem comentários:

Enviar um comentário