o vinho
taças cintilantes
ébrias
fumegantes
néctar de todas as perdições aladas
tensa mola da vontade por instantes decrépita
elegia ao vinho
o vinho não carece de elegias odes sextilhas quadras disparatadas
ele é o poema vermelho que fermenta o sangue do pensamento
que ilude a realidade fazendo-a ver na realidade dele próprio o que a realidade é
consolo de vida incerta e da morte no chão sangrento
o vinho não se canta não se diz não se lê
Sem comentários:
Enviar um comentário